[FANFIC] Gillian Hooldjan

Bom, eu exclui minha ficha, agora vou postar a historia do meu personagem, Gillian, aqui. É bom ler, pra depois, quando eu fizer minha ficha baseada nessa fic, não fique confuso. E, não é tão grande assim.

Acidentes acontecem:



Estava em Prontera, em um dia pacato, tranquilo, as pessoas compravam mantimentos na feira, crianças brincavam de cavaleiros com espadas de madeira, e entre elas, Gillian, que estava com os cabelos curtos e pretos, olhos pretos, e devia ter pelo menos uns doze anos de idade.

- Gillian! – Gritou um garoto, lutando com outra criança com uma espada de madeira. Era um pouco mais baixo que Gillian, tinha os cabelos lisos loiros, os olhos azuis – A bandeira foi capturada!


Então, Gillian correu em direção à feira, desviando das outras pessoas, que perambulavam, procurando preços mais baixos. Ouviu um mercador gritar: Poções Vermelhas por 50 zeny cada! Aproveitem! E então avistou: Uma criança correndo com uma pequena bandeira azul, com um brasão em vermelho.

Gillian correu à máxima velocidade na direção do garoto, que andava sorrateiramente, evitando qualquer olhar “inimigo’’. Assim que o garoto avistou Gillian correndo em sua direção, ele saiu em disparada, fugindo de Gillian o mais rápido que podia o que aparentemente não estava funcionando, pois Gillian era mais rápido, e o alcançaria em poucos segundos. O garoto logo percebeu que não conseguiria fugir, e então, sacou sua espada de madeira, e ficou em posição de guarda, esperando Gillian, que corria em sua direção com um pequeno punhal de madeira e um pequeno broquel, também feito de madeira.

Quando Gillian estava a dois pés de distancia do garoto, ele brandiu o punhal com uma velocidade incrível, acertando a cabeça do garoto, que o derrubou violentamente no chão, fazendo-o bater a cabeça contra uma pedra.

Sem pensar duas vezes, Gillian pegou a bandeira e saiu correndo, o mais rápido que pudia, tropeçando em várias pessoas que passavam.

_ Vândalos! – Ouviu uma mulher gritar.

Gillian já podia avistar os outros membros do grupo, e com um sorriso estampado, e quando chegou ao local, ergueu a bandeira, vitorioso, com um largo sorriso. Mas algum tempo depois, percebeu que nenhum dos membros do seu grupo comemoravam, todos com expressões de raiva, e decepção.

Sem entender, Gillian olhou ao redor, até que viu um garoto deitado com um imenso ferimento na cabeça, e, quando o identificou, se lembrou do golpe desferido no garoto quando ele corria com a bandeira. Negando a culpa, e as acusações silenciosas, recuou lentamente, se virou e correu, para a casa de seus pais, buscando conforto, e compreensão.

Três dias depois, toda a cidade estava sabendo do acontecimento, haveria uma espécie de tribunal para julgar o caso do assassinato do garoto.

_ Mãe, eu vou ter que ir embora? – Choramingou Gillian.

_ Claro que não querido – Mentiu.

O julgamento foi feito na praça central de Prontera, mais pessoas que o esperado vieram para acompanhar o destino do garoto. Havia bardos, cavaleiros, até mercenários naquela multidão. O julgamento durou quatro horas, quatro horas de argumentos, protestos e mentiras. Principalmente mentiras.

_ O que há de errado com a justiça nesse reino? – A mão comentou com o pai. Ambos eram jovens, trinta e cinco anos. O pai, Leeuw Domine, era um Mercador, tinha os cabelos negros e compridos, olhos pretos e um sorriso e simpatia contagiantes. Sua venda era a mais famosa de toda Prontera, pois vendia desde um pedaço de Jeloppy até a mais sofisticada armadura. Sua mãe Munditia Cor Mundum, ajudava Leeuw com a venda. Tinha os cabelos castanhos claros, lisos e de cor viva, os seus olhos eram cinzas misteriosos e convidativos ampliavam sua beleza como uma gema amplia os poderes de um arquimago.

O julgamento já estava no fim, o júri iria decidir o destino de Gillian. Os integrantes do júri discutiam silenciosamente se a acusação era falsa ou verdadeira.

_ Culpado. – Disse o júri, por fim.

Leeuw abaixou a cabeça, derrotado, e Munditia chorava no ombro de Leeuw. Gillian, apavorado com a situação, ficou paralisado, sem saber o que fazer, tendo como único companheiro a mente. “E se não tivesse avistado o garoto”, “E se não conseguisse retomar sua vida normalmente?” “E se...”

_ Agora, os responsáveis da vítima definirão a punição para o réu. – Disse o juiz.

Então, o casal, pais da vítima, caminhou para o centro do parque de Prontera e disseram:

_ Será expulso permanentemente da cidade, e nunca mais poderá voltar! – Esbravejou o homem, pai do garoto assassinado.

_ Alguém se opõe? Não? Ótimo, Gillian terá um prazo de vinte e quatro horas para deixar a cidade sozinho – Dizendo isso, o juiz senta-se na cadeira em que se encontrava – Caso encerrado.

Seaaan

Vo colocar mais um só pra vc -qq

Não, minhas Fics são sérias manolo, não tem nada de zuado nelas não @.@

Spoiler:

vo deixar só esses dois capítulos aqui caso alguem queira ler.

no NAWS já ta no quarto ou quinto, n sei '-'

*esperando alguem ler*

Hehe, agora que to no job 50 eu posso me dedicar a leitura e as coisas sadias do muno. Essa fanfic ta bacana, mas me despertou duvidas sobre como é o julgamento na cidade de prontera antigamente e atualmente.

Continua ae ^^

A verdadeira vocação:



Então ambos caminhavam pelo deserto, o bruxo tentava ensiná-lo magias básicas, como criar fogo, mas não obteve muito sucesso.

Sete noites se passaram. O treinamento não ia muito bem, e o bruxo via que o garoto não tinha talento com magia. Foi quando avistaram uma cidade em ruínas no meio do deserto.

_ Morroc – Disse o bruxo – A terra dos ladrões.

A medida que foram adentrando a cidade, vários olhares curiosos pousaram sobre ele e Gillian, que achava aquilo tudo muito estranho. Pararam em frente a uma casa em ruínas. O bruxo bateu na porta.

_ Quem é? – Ouviu-se um som vindo de dentro da casa

_ Um pobre velho segurando uma cartola – Respondeu o bruxo. Parecia uma espécie de código. Gillian teve vontade de rir, mesmo com os últimos acontecimentos, sua natureza divertida e espontânea não pode ser erradicada.

A porta se abriu levemente e o bruxo acenou para Gillian entrar, e, hesitando, entrou a passos tímidos olhando ao redor da casa, analisando-a.

_ Mas que honra! O velho Crowley visitando um humilde mago como eu – Riu. Era velho, deveria ter uns setenta anos, andava curvado, tinha uma longa barba branca, e rugas por todo corpo. Estava totalmente desgastado pelas areias do tempo – Quem é o garoto?

_ É o meu novo aprendiz – Disse Crowley colocando a mão no ombro de Gillian.

_ Finalmente achou alguém que te aturasse não é Crowley? Haha. – Sorriu o velho – Ele não me parece um mago... – Disse o velho analisando minuciosamente o garoto.

_ Gillian, se importaria em esperar aqui? Tenho que falar com meu amigo aqui por um segundo.

_ Claro.

A conversa durou um pouco mais de três horas, e assim que saiu, Crowley disse à Gillian:

_ Gosta de espadas? – Perguntou Crowley enquanto tirava uma espada exótica de seu casaco. Era uma espada incomum, tinha a empunhadura vermelha, escamosa, sua lâmina fazia várias curvas, fazendo parecer várias serpentes se entrelaçando, com detalhes no centro, que faziam lembrar escamas de um réptil, e os fios desgastados pelo uso e pelo tempo – Foi um presente do meu amigo ali. Ele me devia esse favor.

Vendo o interesse do garoto pela espada, Crowley entregou a espada para ele e acrescentou:

_ Ótimo, a partir de agora, chega de treinos com magia – Vou achar um instrutor de lutas para você. Bem, vamos andando.

Here it is Justice o/

Um novo mestre?:


Andaram pelo deserto de Morroc durante cinco noites, Gillian, durante o trajeto, ia se lembrando de sua pimeira viagem à Morroc, com Crowley. Estranhamente, o caminho lhe parecia familiar.

Viajaram por mais dois dias quando avistaram uma cidade, de uma montanha ao longe, era grande, de modo que eles não conseguiam visualizá-la toda. Suas casas eram padronizadas, e sua entrada, movimentada.

Prontera.

Então Gillian parou. Ficou tremendo, e congelado ao ver a cidade que o expulsou. Ao mesmo tempo, milhares de lembranças vieram à sua mente e o torturaram psicológicamente. Crowley já estava um pouco a frente quando percebeu a ausência de seu aprendiz e olhou para trás. Gillian estava ajoelhado, com as mãos no rosto, chorando aos soluços, totalmente perdido em seu pranto.

Crowley se apoximou de Gillian, o consolou, e perguntou qual era o problema. Gillian explicou a história aos prantos para Crowley dando ênfase no ''Não foi minha culpa! Não foi minha intenção matá-lo!''. Crowley não podia entrar com Gillian em Prontera, então, teve uma idéia.

_ Levante-se garoto. Eu tenho uma idéia.

Na manhã seguinte, caminharam em direção aos campos de Hugel, lugar que Gillian sempre ouvia falar em Prontera, sendo um lugar totalmente diferente de tudo que já viu , onde vivem dragões muito poderosos. Várias semanas se passaram, e, ao chegar, logo percebeu que não era bem assim, os dragões eram raros, e quando havia algum, era inofensivo, como Petites. Andavam pelas montanhas, e depois de um tempo, encontraram: Uma casa malfeita, feita de troncos de madeira e vidro apenas. Se encontrava no lado de um precipício, e era grande o suficiente para abrigar cinco golens e ainda sobrar espaço.

Adentraram na casa e viram que por dentro, a casa era muito confortável, ótima para morar. Tinha vários quartos, o que lembrava um pouco mansões. Crowley procurou algo ou alguém pela casa toda, mas não achou.

- O porão! - Lembrou Crowley.

Gillian seguiu Crowley até o porão, onde encontraram, em meio as sombras, uma luz de vela, iluminando uma pessoa curva, escrevendo em um pergaminho, que se virou ao ouvir os barulhos de passos.

_ Eu não posso acreditar em meus olhos! Crowley em carne e osso! - Sorriu o homem. A luz estava fraca, mas era o suficiente para descrever suas feições. Aparentava ter quarenta e cinco anos, mas talvez tivesse menos, pois a luz da vela aumentara suas rugas. Sua face era barbada, e tinha algumas cicatrizes na bochecha.

_ É um prazer revê-lo Balaur - Disse Crowley sorrindo - Vamos conversar um pouco. Bem, Gillian, se importaria em nos dar licença?

_ Claro mestre - Dizendo isso subiu as escadas que levavam para a casa.

_ O que o traz aqui Crowley? - Pergunta Balaur.

_ Preciso de um favor seu, Balaur.

_ Estou ouvindo - Balaur apóia seu braço direito na mesa do porão, mal iluminado pela luz de velas.

_ Preciso que lecione tudo que sabe sobre luta de espadas para meu aprendiz.

_ Espere, ele não é um aprendiz de bruxo? - Pergunta Balaur espantado.

_ Eu tentei lhe ensinar magia, mas ele parece ser muito melhor com as espadas - Argumentou Crowley.

_ Pode contar comigo, eu estava te devendo uma mesmo... - Lembrou Balaur.

Balaur e Crowley começaram a conversar sobre outros assuntos, que, mesmo que inúteis, eram agradáveis aos dois. Após terminarem de conversar subiram para a casa, deixando o porão.

_ Ali está ele - Disse Crowley apontando para Gillian, que estava polindo sua espada. O mesmo levantou e fez uma reverência desengonçada na direção de Balaur.

_ Olá senhor - Disse Gillian ao se reverenciar.

_ Bah, poupe-me dessas formalidades - Disse Balaur sorrindo.

_ Bem, eu preciso resolver algumas coisinhas em Geffen, então... Balaur se importa em ensinar Gillian a ser um espadachim para mim?

_ Será um prazer, Crowley - Respondeu Balaur com um sorriso.

Aqui está Sean *-*

Um mestre exigente:



Os três dormiram na casa naquela noite. Ao amanhecer, Crowley partira para Geffen, deixando Balaur como mestre de Gillian.

_ Vou preparar o almoço - Disse Balaur.

Gillian concordou com um aceno de cabeça. Durante muito tempo, Crowley tinha sido sua única companhia, e trocar de mestre assim de súbito não era agradável para ele.

_ Venha almoçar Gillian - Chamou Balaur.

Quando Gillian ainda estava se servindo, Balaur levantou-se, pegou alguns bonecos de madeira, cravou-os no chão, e encostou as espadas na parede da casa. Estavam ao ar livre, do lado de fora da cidade, as árvores, altas, tampavam parcialmente o sol, dando impressão de estar em um local fechado.

_ Chega de almoço, vamos treinar - Disse Balaur terminando de fixar o último boneco de treino no chão.

_ Mas eu ainda nem comecei...

_ Venha logo antes que eu perca a paciência - Interrompeu Balaur.

Gillian devolveu a sopa ao caldeirão e foi correndo na direção de Balaur, que o esperava de braços cruzados.
_ Tome - Balaur pegou a espada de Gillian e entregou a ele - Ataque aquele boneco - Apontou para o boneco de madeira mais próximo.

Gillian pegou a espada e avançou contra um boneco de madeira. Mas não conseguiu. Ficou tremendo em frente ao boneco de madeira, parado. Chegou a ver o rosto alegre do garoto o qual havia matado no boneco.

_ Não consigo – Disse baixinho

_ Não consegue?! – Gritou Balaur – Como assim não consegue? Vá logo, acabe com seu oponente!

_ Não!! – Esbravejou Gillian jogando a espada no chão – Não vou fazer nada disso!

_ Não, é? – Balaur se virou para o caldeirão e serviu-se – Venha terminar de almoçar então.

Gillian estava chorando silenciosamente. Lágrimas escorriam de seus olhos sem que pudesse parar. Foi silenciosamente ao caldeirão e se serviu. Balaur olhava para as montanhas, distraído.

_ Sabe – Disse Balaur com a tigela vazia – Você deveria me dizer por que desse bloqueio, dessa hesitação com a espada.

_ É uma longa história – Murmurou Gillian, com lágrimas nos olhos.

_ Então é bom começar agora então – Disse Balaur forçando um sorriso e se servindo da segunda tigela de sopa.

Gillian começou a contar tudo, desde o acidente de Prontera até quando vieram para cá.

_ Sim, entendo – Disse Balaur após ouvir a história – Vou te ajudar com esse pequeno porém.

_ Muito obrigado senhor... – Murmurou Gillian

_ Pegue sua espada – Disse Balaur, já empunhando sua Katzbalger.

Gillian pegou sua espada e a segurou de um jeito diferente.

_ Me ataque – Disse Balaur em posição de batalha

_ O que?! Eu não consigo nem atacar um boneco de madeira, como você quer que eu te ataque?! – Gritou Gillian

_ Então quem vai atacar sou eu – Respondeu Balaur. Em, seguida ele avançou contra Gillian.

Gillian soltou um grito com o susto e pulou de lado, esquivando do golpe de Balaur.

_ O que foi isso?! – Gritou Gillian assustado

Balaur não respondeu, e desferiu outro golpe na direção de Gillian, e este, bloqueou parcialmente o golpe, e o deixou sem equilíbrio.

_ Pare com isso, droga! – Gritou Gillian, recuperando o equilíbrio.

_ Vamos, contra-ataque! – Disse Balaur com um sorriso no rosto

Balaur desferiu dois golpes seguidos na espada de Gillian, forçando-a para baixo, porém Gillian conseguiu soltar sua espada, cambaleando um pouco para trás. Balaur não parou e desferiu um golpe raso na altura da cintura de Gillian, que se esquivou pulando para trás.

“Esse maluco não vai parar...”, pensou Gillian “Eu vou ter que atacá-lo. Mas e se eu acabar matando-o? Não, não pode acontecer, ele é um mestre de lutas, ele deve saber o que está...” Foi quando seus pensamentos foram interrompidos por uma lâmina que vinha reta em sua direção. Gillian não pode evitar, deu um passo para o lado rapidamente e desferiu um golpe com a parte plana da espada nas costas de Balaur.

_ Argh, ok, já pode parar – Disse Balaur com as costas um pouco curvadas – E então? Como foi largar o passado e viver o presente?

_ Foi... Estimulante – Disse Gillian com o coração batendo muito rapidamente. Agora tinha compreendido os súbitos ataques de Balaur. Forçando-o a atacar, estaria rompendo o lacre que o estava impedindo de lutar.

_ Ótimo, vamos começar o treinamento de verdade.


Só mais um e vou esperar o justice ler ^^

Maneira a história novamente, o mais legal é que eu não sei como ela termina, talvez em contradição a maioria dos caras do fórum que estão lendo. O que eu noto é que a leitura realmente é bem veloz do jeito que voce conta a história, é o seu estilo realmente? Aguardo pela continuação

Auratia, a sacerdotisa:



_ Christine, ele acordou - Ouviu uma voz feminina.

Abriu os olhos. Não conseguia enxergar direito, estava completamente tonto, e sua visão estava turva. Aos poucos sua tontura cessava, e sua visão ia formando. Estava em um quarto branco, bem iluminado. Quatro cadeiras de madeira em estilo rústico estavam encostadas na parede, e um tapete aparentemente feito á mão estava estendido em baixo delas. Três janelas grandes traziam luz ao aposento, e uma porta improvisada de madeira bloqueava a passagem.

Derrepente a porta se abriu, e de lá entrou uma mulher alta e loira. Tinha os cabelos compridos que chegavam até as costas, e os olhos verdes claros, que expressavam alegria e ternura. Aparentava ter por volta de trinta e cinco anos, usava o uniforme básico das sumas-sacerdotisas e carregava algumas poções.

_ Veja quem acordou! - Sorriu - Qual é o seu nome, rapazinho?

_ É Gilli... - Assim que se esforçou para falar, sentiu uma fisgada de dor na perna. Imediatamente lembrou-se da caverna, dos dragões, do seu ferimento e de seu mestre. Estaria ele bem? Onde ele estaria agora? O que acontecera a ele? Eram tantas perguntas simultâneas que Gillian pensava que sua cabeça ia explodir, quando sua mente foi interrompida pela suave voz da suma-sacerdotisa:

_ Oh meu Deus, me desculpe! - Lamentou-se - Não devia tê-lo feio falar nessas condições. Meu nome é Christine Shërim, sou a sacerdotisa responsável por aqui, embora não fui eu quem cuidou de você. Bem, não importa agora, não vou mais incomodá-lo, pode descansar - Sorriu e foi embora, deixando as poções ao alcance, mesmo que fosse muito trabalhoso pegá-las.

Vários dias se passaram desde que acordou, e já conseguia falar normalmente e realizar pequenos movimentos com a perna ferida. Desde então passou a conversar com Christine regularmente a cada visita, e procurou saber de seu mestre, porém, ela disse que sua filha, Auratia não viu mais ninguém além dele. Disse também que Auratia encontrou Gillian com um ferimento enorme na panturrilha flutuando às margens do rio próximo a Hugel, e que sua filha ficou dias cuidando dele sem sair de perto.

_ Christine, não teria problema se eu saisse um pouco, sabe, tomar um ar fresco? - Pediu Gillian.

_ Tudo bem, mas deixe-me só enfaixar sua perna adequadamente - Com isso tirou a bandagem antiga e recolocou uma nova, aplicando novamente uma espécie de pomada cicatrizante, embora a ferida já estivesse quase toda cicatrizada - Só tome cuidado para não esbarrar a perna em qualquer lugar ouviu? - Sorriu e colocou a bandagem nova.

_ Tudo bem, vou tomar cuidado - Levantou - Até mais Chris! - Sorriu de volta e andou mancando levemente até a porta. Quando saiu, trombou com uma menina que estava entrando no quarto, derrubando ambos no chão. Rapidamente, Gillian olhou para a própria perna para certificar que a bandagem não havia sido danificada. Por sorte não.

_ Me desculpe, eu não a vi... - Subitamente parou de falar. Ficou estonteado pela beleza da jovem a qual derrubou. Tinha os cabelos loiros longos que iam até a cintura, olho verde claros como as águas cristalinas de um lago, um nariz pequeno e uma boca ligeiramente pequena. Aparentava ter por volta de dezesseis anos, assim como Gillian. Estava vestida com o uniforme das sacerdotisas e trazia consigo livros, que foram derrubados no chão na queda.

_ Ah, não foi nada - Disse já se levantando. Suas bochechas estavam vermelhas e seus olhos se mantinham baixos o tempo todo, como se estivesse muito tímida naquela situação toda.

_ Eu conheço você? - Perguntou Gillian tendo a estranha sensação de já conhecer a garota.

_ Ah! Não é que... - Ela parecia bastante assustada e envergonhada - Não... Acho que... não.

_ Está tudo bem? - Perguntou Gillian sem compreender muito o que ela falava - Eu te machuquei sem querer? Oh me desculpe, eu não...

_ Não, está tudo bem - Levantou-se - Me... me desculpe - Virou-se rapidamente e saiu correndo com a mão no rosto.

Sem compreender muito bem a situação levantou-se com certa dificuldade e coçou a cabeça. Estava prestes a continuar andando quando ouviu uma voz vinda de trás:

_ Vejo que você conheceu minha filha - Risos - Ela é um pouco tímida, mas tem um bom coração.

Gillian virou-se rapidamente para ver quem falava. Era Christine, a suma-sacerdotisa.

_ Sua, ham... filha? - Perguntou Gillian percebendo a inconfundível semelhança.

_ Sim - Ela disse, sorrindo - Ela quem cuidou de você enquanto estava desacordado - Acrescentou - Bem, eu vou indo, vou devolvê-la os livros - Apontou para os livros no chão.

_ Não se preocupe, eu devolvo-os. Eu ainda devo minha vida à ela - Abaixou para pegar os livros caídos - Vou indo então, até logo Chris! - Sorriu. Então, caminhou pelo caminho pelo qual Auratia havia percorrido.




Mais um capítulo ^^'